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Estandarte Histórico do 2º Regimento de Cavalaria Mecanizado
DESCRIÇÃO HERÁLDICA DO ESTANDARTE DA OM
"MEMORIAL DESCRITIVO DE UMA BANDEIRA ALEGÓRICA PARA O REGIMENTO JOÃO MANOEL"
Aos imperativos históricos se associam os interesses estéticos, e ambos se subordinam ao maior interesse da concepção, qual seja o de impressionar, pelo desenho e pelas cores, o soldado, exaltando-lhe a imaginação no conhecimento dos vultos, fatos e relíquias da história pátria.
A bandeira se apresenta com as cores heráldicas do Exército.
Campo azul com bordadura de vermelho. Duas grandes lanças, de branco, com bandeirolas da mesma cor, representando a arma do Regimento, se estendem ao longo das diagonais.
No centro, sobre o cruzamento das lanças, um losango de amarelo debruado de vermelho, ostenta, ao alto, em letras verdes dispostas em arco, o título do Regimento.
Sobre os dois eixos do losango, em grande destaque, como que dominando as atenções gerais, a cruz da Ordem Militar de Aviz.
Esta cruz, de grandes tradições na história militar, tem, na bandeira um duplo objetivo: - o de representar o galardão que só era concedido ao mérito militar, e que JOÃO MANOEL o possuía em todos os graus, e de lembrar a cruz de madeira que a piedade cristã brasileira ergueu em São Borja, e que hoje perpetua o lugar onde se feriu a batalha de 10 de junho de 1865.
Esta data se marca na bandeira em letras bordadas a ouro, acima do vértice superior do losango, entre dois ramos de louros de uma coroa.
Duas pontas de fita de cor branca se desenvolvem, para a direita e para a esquerda, sobre os extremos inferiores das lanças, para assinalarem os nomes em vermelho, de SÃO BORJA e PERIBEBUY.
Estes os maiores títulos da glória de JOÃO MANOEL: São Borja, o triunfo do valor militar; Peribebuy: a imortalidade na voz da História.
Franja de ouro em volta da bandeira.
O laço militar, com a designação de ordem na organização do Exército – 2º R C Mec em letras de ouro.
"APROVAÇÃO DE MODELO DE ESTANDARTE"
O Exmo. Sr. Ministro da Guerra declara, para os fins convenientes, que aprova o modelo, que a este acompanha, do estandarte mandado adotar para o "Regimento João Manoel", pelo art. 2º, do decreto nº 1.591, de 29 de abril de 1937 (aviso 605, de 5-8-1938).
BRIGADEIRO JOÃO MANOEL MENNA BARRETO "PATRONO DO 2º R C Mec"
JOÃO MANOEL MENNA BARRETO nasceu em 24 de janeiro de 1824, em Porto Alegre. Era filho legitimado do Marechal-de-Exército João de Deus Menna Barreto, Visconde de São Gabriel. Casou com dona Maria Balbino Palmeiro da Fontoura, irmã da Baronesa de São Gabriel, em 27 de agosto de 1849. O casal teve cinco filhos: o general João Manoel Menna Barreto Filho, o general João Carlos Menna Barreto, Dona Adelaide Menna Barreto, Dona Maria Balbina Menna Barreto e Dona Alice Menna Barreto. JOÃO MANOEL assentou praça como voluntário em 1º de julho de 1839, no 1º Regimento de Cavalaria.
Em março de 1841, passou para o 2º Regimento da mesma arma. Foi promovido a alferes em 27 de maio de 1842. A tenente em 30 de setembro de 1846, no 4º Regimento de Cavalaria. A capitão em 27 de agosto de 1849. Por merecimento, em decreto de 14 de abril de 1855, foi promovido a major no 3º Regimento. A tenente-coronel, por merecimento, em 2 de dezembro de 1859. A coronel, por merecimento, em 18 de fevereiro de 1865. E finalmente a brigadeiro em 1º de junho de 1867. Foi condecorado com a medalha da Campanha do Estado Oriental (1851-1852), com o grau de Cavaleiro da Ordem de Cristo (1858), com o hábito da Ordem de São Bento de Aviz (1860), com o grau de Oficial da Ordem do Cruzeiro (1865), com o grau de Grande Dignitário da Ordem da Rosa (1869) e com a Medalha de Mérito Militar.
"CAMPANHAS E COMBATES EM QUE TOMOU PARTE:"
De março de 1841 a março de 1845, João Manoel participou da campanha da província, até a pacificação do Rio Grande do Sul. Posteriormente, em 1851 e 1852, participou da Campanha do Estado Oriental, nas operações contra Rosas e Oribe, tendo atuado no ataque a Paisandú, no Uruguai. O famoso "Combate de São Borja" ocorreu a 10 de junho de 1865, nos primórdios da Guerra do Paraguai. Em seguida, veio o combate de Potrero-Obella, em 29 de outubro de 1867, e o de Taji, em 2 de novembro de 1867, 1868 foi um ano glorioso para João Manoel. Tomou parte no Combate de Jacaré, no dia 7 de junho de 1868, e distinguiu-se particularmente no dia 21 de dezembro, ocasião em que se apoderou das trincheiras do Pikisiri, atacando-as de flanco por ordem de CAXIAS e ficando senhor de mais de 30 canhões.
No ataque de Peribebuí, JOÃO MANOEL foi ferido mortalmente e faleceu a 12 de agosto de 1869. Lutava na vanguarda, como era de seu feitio, e já conquistara vários troféus de guerra, como bandeiras e armas do inimigo.
Por ocasião da Guerra do Paraguai, na ordem do dia do Exército Nacional, relativa ao dia em que JOÃO MANOEL faleceu, foi registrado e lamentado o acontecimento. Ficou também assinalado o seu ingresso na História do Brasil.
"BRIGADEIRO JOÃO MANOEL MENNA BARRETO"
"HERÓI DO RIO GRANDE DO SUL E DO BRASIL"
RESUMO HISTÓRICO DO 2º REGIMENTO DE CAVALARIA MECANIZADO "REGIMENTO JOÃO MANOEL"
O "Regimento João Manoel" origina-se do 6º Regimento de Cavalaria Ligeira, tendo sido criado com o Plano de Reorganização do Exército, baixado pelo Decreto nº 10.015 de 18 de agosto de 1888. A data do seu aniversário, entretanto é comemorada no dia 15 de agosto de 1889, data em que o Regimento foi organizado na cidade de Jaguarão, com a denominação de 6º Regimento de Cavalaria, sendo seu efetivo constituído pela transferência de praças do 2º e 4º Regimentos de Cavalaria Ligeira, aquartelados, respectivamente, em Jaguarão e Livramento. No período de 1890 a 1892, o Regimento ocupou aquartelamentos em Santa Vitória do Palmar, Bagé, Santana do Livramento e Dom Pedrito, onde teve seu batismo de fogo em fevereiro de 1893, durante a Revolução Federalista.
Em 1897, o então 6º Regimento de Cavalaria foi transferido para São Borja, a fim de integrar a Linha Divisionária de Comando da Fronteira das Missões, ocupando as instalações do Quartel Velho, no bairro do Passo, no dia 22 de abril.
Nos anos de 1914 e 1915, participou da Revolta do Contestado com um contingente de 45 homens.
Teve sua denominação modificada, em 1º de janeiro de 1920, para 2º Regimento de Cavalaria Independente.
Em 28 de outubro de 1924, o 2º R C I aderiu, com parte de seu efetivo, à Rebelião Militar que deu origem à Coluna Prestes.
O Regimento ocupou seu atual aquartelamento em 26 de julho de 1927. O local foi escolhido pelo Marechal Rondon, a fim de preservar a Cruz Grande, que marca o sítio histórico onde se travou o Combate de São Borja, em seu interior.
Em 03 de outubro de 1930, em conseqüência do Movimento Revolucionário, parte do seu efetivo emigrou para a Argentina, sendo o Regimento reorganizado em 07 de outubro.
Em 28 de agosto de 1932, durante a Revolução Constitucionalista, o 2º R C I deslocou-se para a região de Rincão, a fim de combater as forças revolucionárias, regressando ao Quartel em 10 de setembro.
Por Decreto Presidencial de 29 de abril de 1937, o 2º R C I recebeu a denominação histórica de "Regimento João Manoel", justa homenagem em que a Pátria agradecida reverencia a memória do bravo Comandante do 1º Corpo de Voluntários da Pátria que, em 10 de junho de 1865, acorreu em defesa da população da então Vila de São Borja, por ocasião da invasão paraguaia.
Em 10 de agosto de 1938, teve seu Estandarte aprovado pelo Ministro da Guerra, o qual foi ofertado ao Regimento pelo Elite Clube, atual Clube Comercial, em 15 de novembro de 1939.
Por determinação do Ministro da Guerra foi inaugurado, em 10 de junho de 1943, o Monumento aos Heróis de São Borja, um digno pedestal para a Cruz Grande, "em memória dos mortos no campo de honra e feridos no combate, elogiados e condecorados".
Nos anos de 1943 e 1944, durante a 2ª Guerra Mundial, o 2º R C I enviou três contingentes para o Centro de Recompletamento de Pessoal da Força Expedicionária Brasileira, perfazendo um total de 126 homens. Em 15 de janeiro de 1945, faleceu em operações de guerra, em Valdibura, na Itália, o Soldado João Mancias Alves, deste Regimento, o qual foi agraciado com as Medalhas de Campanha, Sangue do Brasil e Cruz de Combate de 2ª Classe.
Em 1º de julho de 1946 passou a denominar-se 2º Regimento de Cavalaria e, em 21 de agosto de 1954, teve a sua Bandeira condecorada com a Ordem do Mérito Militar.
Em 16 de maio de 1973, a 1ª Divisão de Cavalaria realizou sua última carga hipomóvel, na invernada do Regimento, área onde hoje se encontra o Aeroporto João Manoel. Além do 2º R C, participaram deste evento memorável, tendo à frente o Comandante do III Exército, o 1º R C, de Itaqui; o 3º R C, de São Luiz Gonzaga; o 4º R C, de Santiago; uma Seção de Canhões Anticarro de cada Unidade; uma Bateria de Obuses do 19º G A C, de Santiago e aeronaves da Força Aérea Brasileira.
Ainda em 1973, por Decreto de 02 de julho, passou a denominar-se 2º Regimento de Cavalaria Mecanizado e, em 15 de outubro recebeu, em solene formatura próxima ao antigo Q G da 1ª Brigada de Cavalaria, seus três primeiros Carros de Combate Leves M3A1, as famosas "Pererecas". Naquele momento, os cavalarianos do antigo 2º R C ouviram o relincho dos cavalos se confundir com o ronco dos motores e perceberam que, em breve, o "nobre amigo" seria substituído pelo novo ser, de corpo de aço e alma de fogo, a quem caberia conduzir o Regimento a novas e gloriosas cargas.
Em 14 de novembro de 1975 chegaram as cinco primeiras Viaturas Blindadas de Reconhecimento "Cascavel", sendo que o restante somente chegaria em 1977, juntamente com as Viaturas Blindadas de Transporte de Pessoal "Urutu".
Em 09 de dezembro de 1975, os restos mortais do Brigadeiro João Manoel foram transladados do Pantheon dos Heróis, em Porto Alegre, e colocados sob a Cruz Grande, na base do Monumento aos Heróis de São Borja.
Em homenagem a todos os cavalos que, galhardamente, conduziram este Regimento, a um lugar de destaque entre as Unidades de Cavalaria, foi erigido, em 15 de agosto de 1976, sobre o túmulo de Faísca, animal que mais se destacou em provas de salto, o Monumento ao Cavalo.
Com o objetivo de cultuar as tradições da Arma foi criado, em 1982, o Museu do Velho Regimento, para onde foram recolhidos diversos tipos de material utilizados pela Cavalaria Hipomóvel e objetos que fazem parte da história do Regimento. Como uma demonstração de respeito e admiração pelas tradições gaúchas, visando preservá-las, difundi-las e praticá-las, foi fundado, em 1987, o Piquete João Manoel.
Em 21 de outubro de 1996 foi inaugurado o Monumento à Força Expedicionária Brasileira, como um preito de gratidão aos pracinhas que, nos campos da Itália, mostraram o valor do Soldado Brasileiro, defendendo com suas vidas os ideais de justiça e liberdade.
Com mais de um século de existência, o Regimento já comemorou três centenários: o de criação, em 15 de agosto de 1989; o de instalação em São Borja, em 22 de abril de 1997; e o da Cruz Grande, em 29 de junho de 2000. É um Regimento com características peculiares e inconfundíveis: está construído no sítio histórico onde o Brigadeiro João Manoel travou o Combate de São Borja, repelindo o inimigo invasor, e foi a primeira Unidade do Exército a abrigar os restos mortais de seu patrono no próprio quartel, com seus militares zelando pelo repouso eterno do guerreiro.
O Regimento possui uma alma! É um ser forte, que luta, sofre e vibra. É o herdeiro do 6º R C, o cavalariano pioneiro, defensor desta fronteira. A Cruz Grande, altiva e secular, mostra ao soldado o caminho do dever. Passam-se os anos, permanece o exemplo do nosso Patrono: o combatente sempre pronto para tudo o que lhe for exigido em nome do seu Regimento e da sua Pátria. Este é o Regimento João Manoel! Esta é a síntese de sua história de lutas, glórias e sacrifícios em prol do Exército, para a grandeza do Brasil.
SFPC
Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados
SFPC/Gu – 2º RC Mec
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SOMENTE POR E-MAIL: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
(e-mail único e exclusivo para o envio de processos)
Transferência de armas: entre CAC, SIGMA-SINARM e SIGMA-;
Revalidação de CRAF;
Todas as solicitações para Pessoa Jurídica; e
Registro de arma de fogo por importação para Pessoa Física.
O interessado deverá preparar o e-mail da seguinte forma:
- Destinatário: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
- Assunto: Transferência de arma de fogo do SINARM para o SIGMA – JOÃO DA SILVA (nome completo do interessado)
- Anexos: (Anexar todos os documentos, no formato PDF, em arquivo único)
- Corpo do e-mail: Solicito a transferência de arma de fogo, conforme documentação anexa. Obs: (escrever observações quanto ao processo, se for o caso).
Os processos serão protocolados na ordem de entrada (data) na CAIXA DE ENTRADA do e-mail.
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